9ª Edição – Escola de Verão para Atores Guillermo Heras

10 – 20 de julho 2023

Sinopse

A 9ª edição da Escola de Verão para Atores Guillermo Heras, com o tema A Vida e Obra de Natália Correia decorrerá de 10 a 20 de julho de 2023, no Teatro Municipal Sá de Miranda.

A Escola de Verão para Atores Guillermo Heras é uma formação intensiva dirigida a atores profissionais e estudantes de teatro que acontece em pleno palco da Sala Principal do Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo, que proporciona uma experiência de 10 dias de residência de criação, partilhados com um professorado de excelência.

A edição de 2023 conta com sessões de formação com Alexandra Moreira da Silva, Isabel Barros, João Branco, Magrit Coulon, Maria do Céu Guerra, Mónica Calle, Ricardo Simões e Sara Belo.

Existem 20 vagas para participantes e 25 para assistentes, que acompanham as sessões na plateia.

Alojamento Incluído para Participantes.

Professores

Professora no Instituto de Estudos de Teatro na Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris III.
Bolseira da Fundação Gulbenkian entre 2000 e 2003, doutorou-se em 2007 com a dissertação La question du poème dramatique dans le théâtre contemporain (Faculdade de Letras da Universidade do Porto / Université Sorbonne Nouvelle). É investigadora do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (FLUP) e do “Groupe de recherche sur la Poétique du drame et de la scène contemporaine” (Sorbonne Nouvelle).
Áreas de investigação: Estudos de teatro e estudos de tradução.
Traduziu peças de autores franceses, portugueses, brasileiros e argentinos, e vários ensaios sobre teatro, nomeadamente O Futuro do Drama de Jean-Pierre Sarrazac. Membro do comité lusófono da ” Maison Antoine Vitez”, tem vários artigos publicados sobre teatro moderno e contemporâneo e sobre tradução de textos de teatro. É diretora da coleção de dramaturgia contemporânea “Domaine étranger” na editora “Les Solitaires Intempestifs”.
Em 2011, foi distinguida pelo governo francês com o título de Chevalier dans l’ordre des Palmes Académiques.
Consultora artística e criadora regularmente convidada do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, desde 2015, presença assídua na Escola de Verão para Atores, onde leciona Dramaturgia.

Nasceu em Madrid, em 1952. É licenciado em Interpretação pela Real Escola Superior de Arte Dramática e Dança. Ator, Diretor do Grupo Tábano (1974 – 1983) e Diretor do Centro Nacional de Novas Tendências Cénicas (1983 – 1993). Conjugou estas atividades com mais de cinquenta participações em espetáculos profissionais como ator e dramaturgo. Autor de diversos livros teóricos e várias obras dramáticas. Foi secretário Técnico do Iberescena entre 2009 e 2019. Recebeu o Prémio Nacional de Teatro em 1994 e o Prémio Lorca de Teatro em 1997. É consultor artístico do Teatro do Noroeste – CDV desde 2015.

Por motivos de saúde, em 2023, Guillermo Heras não participa presencialmente nesta edição.

Coreógrafa, encenadora, cofundadora do Balleteatro (1983), diretora artística do Teatro de Marionetas do Porto desde 2010 e do Museu das Marionetas do Porto inaugurado em fevereiro de 2013.
Tem um vasto percurso de criação artística, no qual destaca o cruzamento de linguagens, nomeadamente dança, teatro e marionetas.
Cedo se interessou por criar momentos de programação ligados à dança, ao teatro e à performance, privilegiando formatos transversais e alternativos e dedicando momentos para criadores emergentes.
Recebeu o prémio Almada (1999) atribuído ao Balleteatro, como distinção do trabalho realizado ao nível da programação.
Em 2018 recebeu a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro.
O Porto é a sua cidade de origem, na qual desenvolve o seu trabalho com sentido de urgência e forte dimensão social.

João Guedes Alves Branco. Encenador, ator, investigador, professor de teatro e gestor cultural é um nome incontornável do panorama teatral lusófono, com vários prémios internacionais de reconhecimento pelo seu percurso enquanto dinamizador das artes cénicas no espaço global e, especificamente, no mundo de língua portuguesa.
Mestre em Artes Cénicas e Doutor em Comunicação, Cultura e Artes. Tendo dirigido mais de 70 produções teatrais enquanto encenador, também tem participado como ator em produções cénicas, filmes e televisão.
É fundador e diretor artístico desde a sua fundação do Festival Internacional de Teatro do Mindelo Mindelact, o mais importante evento de artes performativas da África Continental.
Foi duplamente condecorado, pela Presidência da República de Cabo Verde (com a 1ª Classe da Ordem do Vulcão) e pela Presidência da República de Portugal (Comenda de Mérito). Em ambos os casos, as razões apontadas foram a sua importância na dinamização cultural e teatral no espaço lusófono.

Magrit Coulon é uma encenadora franco-alemã. Originária de Estrasburgo, estudou encenação no INSAS (Bruxelas), onde vive e trabalha desde então.
Durante a sua carreira, gradualmente se afastou do teatro de texto para se interessar pela escrita teatral motivada pela pesquisa documental. Por ocasião da sua dissertação de final de curso, propõe um primeiro quadro de reflexão sobre o tempo como ferramenta de encenação. No cerne do seu processo: arquitetura e tempo. Como se conta um espaço? Como é que o tempo se desdobra?
A sua primeira criação, HOME – morceaux de nature en ruine, do seu projeto de final de curso, foi criada no Festival Factory em março de 2020. Ganhou o Prémio Maeterlinck para a Melhor Descoberta (2020), e participou no Festival Impatience 2020 , bem como no Festival d’Avignon 2021 no Théâtre des Doms.
Em 2020, cofundou a companhia Nature II com Bogdan Kikena, e continuou seus estudos com um mestrado internacional em Comparative Dramaturgy and Performance Research.
Toutes les villes détruites se ressemblent, o segundo espetáculo da companhia, foi criado em agosto de 2022, por ocasião do festival Théâtre em Villerville. Este projeto, pensado para espaços não convencionais, mostra dois guardiões de um museu itinerante em fim de curso, o MEMED (Museu Europeu da Memória e da Destruição), e questiona a nossa relação com a memória.
A sua próxima criação, L’avenir, estreará em novembro de 2024 no Teatro Nacional de Bruxelas. Coreográfico e musical, o espetáculo capta os temas da solidão e da melancolia, desenhando a paisagem de uma expectativa compartilhada e talvez infinita, feita de todos os nadas que compõem uma existência.
A par dos seus projetos de encenação, trabalha como colaboradora artística ou dramaturga na Áustria (Wendepunkte, Natasha Sivanenko, 2022) e na Bélgica (Rage, Emilienne Flagothier, 2023; Nostalgica, Alexis Julémont, 2024). Também esteve envolvida nos últimos três anos nas escolas de arquitetura de Paris-Belleville e Estrasburgo.

Maria do Céu Guerra é uma atriz e encenadora portuguesa, nascida em Lisboa, a 26 de Maio de 1943).
É ao frequentar o curso de Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa que se começa a interessar por teatro, fazendo parte do Grupo Cénico e dando início à sua atividade em 1963, com a sua estreia na peça “Assembleia ou Partida” de Correia Garção, encenada por Claude-Henri Frèches. Pouco tempo depois, integra o grupo fundador da “Casa da Comédia”, onde participa em várias produções. Em 1965, participa na fundação do Teatro Experimental de Cascais, onde se profissionaliza e interpreta várias peças.
No início da década de 70, passa pelo Teatro de Revista e pela comédia, como a revista “Alto Lá Com Elas” (1970), de Paulo da Fonseca, César de Oliveira e Rogério Bracinha. Destaca-se nesta época a sua atuação na resista “O Zé Faz Tudo!”, no Teatro Variedades. Em 1974, fez parte do grupo fundador da companhia “Teatro Ádóque” e participa na revista “Pides na Grelha” (1974), de Francisco Nicholson, Gonçalves Preto e Mário Alberto.
Estreia em 1975, juntamente com o cenógrafo Mário Alberto, a companhia de teatro “A Barraca”, que teve A Cidade Dourada a estrear em Março do ano seguinte.
No cinema, a sua carreira iniciou-se com a locução em “Crónica do Esforço Perdido”, de António de Macedo em 1966, mas a sua estreia como atriz cinematográfica deu-se no premiado “O Mal-Amado” de Fernando Matos Silva, em 1973. Da sua lista de participações no grande ecrã podemos destacar filmes como “A Santa Aliança” (1978) de Eduardo Geada, “Lisboa Cultural” (1983) de Manoel de Oliveira, “Crónica dos Bons Malandros” (1984) de Fernando Lopes, “A Estrela” (1994) de Frederico Corado e, mais recentemente, “Os Gatos não Têm Vertigens” (2014) de António-Pedro Vasconcelos, que lhe valeu o Prémio Sophia na categoria de Melhor Atriz em 2015 e um Globo de Ouro, na Categoria de “Melhor Atriz em Cinema”.

No pequeno ecrã, destacam-se trabalhos como as séries televisivas “Mau Tempo no Canal” (1989) ou “Velhos Amigos” (2011), para além de vários telefilmes e teatro televisivo. Integra pela primeira vez uma novela em 2014, quando entra em “Jardins Proibidos”, seguindo-se “A Impostora” em 2016 e mais recentemente “Festa é Festa”.
Em 2021 foi agraciada com o Prémio Sophia de Carreira, durante a cerimónia dos Sophia 2021, no dia 19 de Setembro, no Casino Estoril, sendo também condecorada por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, com as insígnias de Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Mónica Calle é encenadora, atriz e diretora artística da companhia de teatro Casa Conveniente em Lisboa, que funda em 1992, e desde aí tem trabalhado a partir de textos de autores clássicos. Desde 2007 tem desenvolvido também trabalho de formação com atores e não-atores desenvolvendo projetos de workshops, ensaios, performances e espetáculos de teatro. Em 2009 iniciou um projeto de formação com não-atores na prisão de Vale de Judeus, integrando alguns dos participantes em espetáculos com a sua encenação, posteriormente, e ganhando o prémio de melhor espetáculo de Teatro pela SPA, em 2012. Em 2013, muda-se com a Casa Conveniente do Cais Sodré para a Zona J de Chelas, na periferia de Lisboa, para criar um novo espaço de teatro independente na cidade, e funda a associação cultural Zona Não Vigiada, que se associa à Casa Conveniente, para desenvolver este projeto. Esta mudança marca o regresso à ideia fundadora deste teatro: trabalhar a partir das margens. Em 2017, é condecorada pelo Governo de Portugal com o reconhecimento de Mulher na Cultura – Prémio Maria Isabel Barreno. Ao longo da sua carreira de 30 anos, foi reconhecida com variados prémios na qualidade de atriz e de encenadora, nas áreas do teatro e cinema.
Mónica Calle é reconhecida em Portugal como parte de uma geração que reconduziu a criação teatral portuguesa a novos caminhos, no início de 1990, e hoje vê o seu trabalho de encenadora a ser fortemente reconhecido internacionalmente, desde a sua bem aclamada criação ‘Ensaio Para Uma Cartografia’ (2017) e agora com a nova criação ‘Carta’ (2021), ambos co-produzidos e estreados no Teatro Nacional D. Maria II. Mais recentemente estreou ‘Só Eu Tenho a Chave Desta Parada Selvagem’ na Áustria em co-produção com o Wiener FestWochen e Festival DDD em Portugal.

1979, Viana do Castelo. Licenciado em Gestão Artística e Cultural. Bolseiro de Mérito Académico IPVC / DGES-MCES, em 2009/2010 e em 2010/2011. Frequentou o Doutoramento em Estudos Culturais das Universidades do Minho e de Aveiro, com Especialização em Sociologia da Cultura. Jurado convidado em Provas de Aptidão Profissional, ACE-Porto (2018) e Balleteatro (2019, 2021, 2022). Ator profissional desde 1997, fez 1 ano de formação na OficinActores – Nicolau Breyner Produções – Lisboa. Em mais de 65 criações do Teatro do Noroeste-CDV de 1997 a 1999 e de 2006 até hoje foi: ator; assistente produção e encenação; comunicação; encenador e dramaturgo residente de 2013 a 2015. Colaborou e/ou promove colaborações com: ACERT; ACTA-Algarve; Artimagem; Comuna; Escola da Noite; Artistas Unidos; Circuito Ibérico Artes EsCénicas (Espanha); CTA-Almada; CTB-Braga; Cendrev-Évora; Centro Dramático Galego (Espanha); European Theatre Convention (Berlim); Festival Mindelact (Cabo Verde); FITEI; Instituto Internacional do Teatro UNESCO (Paris/Xangai); LU.CA; Bando; Teatrão; Seiva Trupe; Teatro das Beiras; Teatro Fontenova; TEC-Cascais; TEP-Porto; Teatro Municipal do Porto; Teatro Nacional S. João; Teatro Montemuro; Teatro Nacional 21; Teatro do Vestido; e com os/as criadores/as: Carlos Avilez, João Mota, Jorge Silva Melo, Olga Roriz, Guillermo Heras, Fernando Gomes, Isabel Barros, Nuno Cardoso, Alexandra Moreira da Silva, Gonçalo Amorim, Pedro Mexia, Joana Craveiro, Albano Jerónimo, Sara Barros Leitão, entre outros/as/xs. Desde 2014, escreveu, interpretou e/ou encenou: “Cenas da Vida dos Maias”; “Enquanto Navegávamos”; “A Casa do Rio”; “24A74 – Salgueiro Maia”; “Bodas de Sangue”; “O Sonho de Pedro”; “A Estalajadeira”; “Ovos Misteriosos”; “Rottweiler”; “Mas alguém me perguntou se eu queria ir ao teatro?!”; “Noites de Caxias”; “A Noite”. Em 2017, criou o Festival de Teatro de Viana do Castelo, que dirige. É diretor artístico do Teatro Noroeste – Centro Dramático de Viana desde setembro de 2015.

Sara Belo é actriz, cantora, professora de voz e experimentalista vocal. É doutorada em Artes pela Universidade de Lisboa com a tese “A Voz como impulsionador da criação cénica — a Pré-voz como alicerce de um Teatro Vocal”. É também licenciada em Teatro (actores) pela Escola Superior de Teatro e Cinema onde é professora de voz desde 2004. Frequentou o curso de Canto do Conservatório Nacional e terminou o mestrado em Estudos de Teatro da Faculdade de Letras, cuja tese incidiu sobre a voz do actor. Actriz e cantora de vários tipos de música (ópera, jazz, pop) trabalhou com os encenadores João Brites (Teatro O Bando), João Mota (Teatro da Comuna), João Lourenço (Teatro Aberto), Jorge Silva Melo (Artistas Unidos), Carlos Pessoa (Teatro da Garagem), Cláudio Hochman (Teatro da Trindade) e com os compositores/maestros Eurico Carrapatoso, João Paulo Santos, Pedro Carneiro, Carlos Marecos, Eduardo Paes Mamede. Tem tido uma colaboração frequente com os compositores Jorge Salgueiro, tendo participado em diversas obras/ óperas suas tais como Quixote, Saga, Salto, Quarentena, Almenara e com Daniel Schvetz com quem gravou um CD Canção de Vidro lançado em Bruxelas em Setembro de 2017. Como experimentalista vocal realizou diversos trabalhos nomeadamente no duo aCorda com Rizumik (prémio Jovens Criadores 2008 pelo CPAI) e a sua primeira criação em 2014 — MAGMA, solo vocal — no Teatro Meridional. Em 2022, foi Beatriz (como actriz/cantora) no último espectáculo a partir trilogia de Dante, Paraíso, encenada por João Brites (Teatro O Bando) , com música de Jorge Salgueiro, estreada no Teatro Nacional D. Maria II. Neste momento integra, como cantora e actriz, o elenco de Orpheu com texto original de Hélia Correia, dirigida pelo coreógrafo Pedro Ramos e a Ordem do Ó, estreado em 2023.

Preço de Inscrição

Participantes: 175€
Assistentes: 25€

Prazos

Candidaturas – 9 a 23 de junho
Resultados – 26 de junho

Nº de Vagas

Participantes – 20
Assistentes – 25

Horários

10h30 – 12h30
14h30- 16h30
17h00 – 19h00

Data

10 a 20 de julho de 2023

Organização

Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana

Participantes

Adriana Meira

Alexandre Calçada

Alexandre Martins

Elis Janaina Alves dos Santos

Elisabete Pinto

Fidélia Fonseca

Filomena Mouta

Francisco Salgueira

Hugo Calçada

Inês García

Jéssica Moreira

Joana Lopes

José Fonseca

Marta Bonito

Matilde Arsénio

Patrícia Alves

Patrocínia Cristóvão

Rita Reis

Tiago Fernandes